SAVATE – BOXE FRANCÊS EM PORTUGAL
O enquadramento legal e jurídico concedido pela instituição internacional, Federação Internacional de Savate – FIS, e no território nacional, Federação Portuguesa de Savate – FPS, instituições que regulamentam a prática da modalidade, são elementos a realçar neste documento. As deficiências e as necessidades que caracterizam esta modalidade desportiva compõem este breve ensaio.
A adesão ao Comité Olímpico Nacional, e a outros que se julguem pertinentes, além de elevar o reconhecimento público do Savate, ambiciona a tão almejada distinção, pela nossa parte, entre as diferentes modalidades de combate existentes em Portugal e no mundo.
Um breve percurso histórico, sobre o Savate em Portugal, pretende elucidar quais as pretensões que a FPS tem para a modalidade e os seus praticantes, sendo estes últimos a razão da existência da federação.
Goradas que foram as expectativas francesas de realizarem novamente os JO, nos quais pretendiam, novamente, introduzir o Savate, ao invés de representar um contrariedade, este episódio estimulou as competições internacionais uma vez que existem actualmente 37 países, representados na FIS, provenientes dos 5 continentes.
O seu ensino, na maior parte dos países agregados na FIS, é fomentado nas escolas do ensino básico, nas quais ocorre competição.
Estas competições realizam-se por assalto, nas variantes ASSALTO (técnico de potência controlada) e COMBATE (O KO é permitido). Realiza-se sempre, em simultâneo, a variante masculina e a feminina.
Os campeonatos do Mundo e da Europa são bianuais, desencontrados, de modo a todos os anos ocorrer competição. O torneio do Mediterrâneo e o campeonato universitário é anual.
Já anteriormente existem registos da prática, alguns casos isolados e efémeros, que não vingaram.
Ultrapassando a centena de praticantes, verificou-se a existência de estágios nacionais/internacionais e competições com a mesma amplitude geográfica, sempre a nível de clubes, uma vez que a inexistência de uma estrutura federativa inviabilizava a representação do país.
Ocorrendo ininterruptamente o seu ensino, e de modo esporádico, a vertente competição, a sua amplitude espacial aumentava. Sintra, Pêro Pinheiro, Magoito, Oeiras, Parede, Cascais, Vila Nova de Gaia, Porto, Caminha, Felgueiras, Albufeira, Coimbra são actualmente os locais, do nosso conhecimento, onde a prática do Savate está regulamentada e supervisionada pela Federação Portuguesa de Savate.
Decorrente de contactos estabelecidos entre o núcleo de Sintra e a Federação Francesa de Savate Boxe Francês e Desportos Associados, que culminou com a deslocação a Portugal de dois elementos da supracitada federação, a saber Joel Duhmez e Victor Sebastião.
Avaliado o panorama nacional, nas palavras dos próprios, foi manifestada admiração pela qualidade técnica dos praticantes, mormente as condições de trabalho existentes.
Surgiu desde logo a possibilidade da criação de uma federação desportiva que possibilitasse o intercâmbio desportivo entre os nossos países, bem como o convite para uma deslocação a França para realização de estágio. Este concretizou-se em Abril de 2006, em Carcassonne – Trebes, com a presença de 16 elementos, a pretexto da realização das ½ finais do campeonato francês de elite.
Concretizado o processo administrativo, referente à FPS, com a publicação dos estatutos em Diário da República, seguiu-se a eleição dos cargos federativos, de modo a tornar efectiva/eficaz a federação.
Portugal obteve uma honrosa Medalha de Bronze, na categoria masculina, em +
Tal feito convenceu os franceses das qualidades lusas, que convidaram a FPS a um encontro França – Portugal, a realizar em Fevereiro
* Da presença portuguesa constavam atletas femininos, que viram goradas as suas expectativas devido a acidente rodoviário.
A Medalha de Bronze despertou, internacionalmente, a consciência sobre a qualidade do trabalho português, que no próximo mês terá tempo de antena na Rádio Alfa e televisão francesa.
A televisão da Ucrânia filmou o estágio, por nós, realizado em Carcassonne, para divulgação da modalidade, no seu país e Rússia.
b. A amplitude, geográfica/espacial, da prática da modalidade compreende Portugal Continental.
c. O Savate é uma modalidade amadora.
d. Os praticantes compreendem um largo espectro etário (10 – 55 anos)
e. Os seus monitores estão credenciados pela Federação Internacional de Savate.
f. A FPS tem como rendimentos a cotização dos seus associados.
g. Os responsáveis/titulares de cargos federativos não auferem de remuneração.
b. A FPS não possui qualquer tipo de equipamento/indumentária, alusivo/a ao país, indispensável à representação internacional (tal facto poderá ser comprovado no anexo fotográfico). O nosso logótipo encontra-se registado.
c. Os encargos resultantes das deslocações internacionais são assegurados pelos atletas.
Referimos o carácter voluntário não remunerado dos dirigentes federativos, pois como é conhecimento geral, têm sido problemas financeiros que minam, minaram e hão-de minar o associativismo desportivo. A título, meramente, informativo refere-se que os responsáveis pela FIS não auferem salário.
O âmbito territorial da prática do SAVATE é um factor a preponderante, pensamos nós, na decisão de um patrocinador, perspectivando o desenvolvimento que a modalidade atravessa.
A mentalidade/comportamento de não-violência, com consequente recusa de praticantes/atletas que não cumpram estes requisitos, é uma condição indelével da FPS.
Presidente da Federação Portuguesa de Savate
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