domingo, 9 de dezembro de 2007

RUI VICENTE E FRANCISCO ABREU

Mesmo longe ainda me vão chegando algumas notícias. Eis então que soube que no passado dia 1 de Dezembro os nossos amigos Rui Vicente e Francisco Abreu disputaram combates em K1 com regra de "só um joelho".

Sorte diferente tiveram estes dois atiradores: o Francisco - a quem aproveito para desejar as rápidas melhoras - saiu de lá para uma unidade de saúde, enquanto que o Rui venceu o seu combate.

O Rui é daqueles velhos amigos, que começou por ser um simples conhecido devido à convivência que com ele comecei a ter nos meus primeiros treinos de Boxe Francês, já lá vai quase uma década. Muita paciência e boa vontade teve ele para com este maçarico e esteve sempre disposto a ajudar. É daquelas coisas que não esqueço e com ele aprendi muitas coisas também. Adiante. O percurso do Rui está longe de ser regular, puxando mais para a diversidade e o ecletismo. Tempos houve em que esteve parado (por motivos profissionais), outros em que esteve activo, mas nem sempre ao abrigo da Savate.

Sobre o combate fiquei a saber, após ter falado com amigos que estiveram no público a assistir a este espectáculo, fiquei muito contente por saber da sua vitória, não obstante aspectos mais negativos que sucederam e que são fruto do mau carácter das pessoas e falta de desportivismo.

O combate em si não foi emotivo e muito menos espectacular, pautando-se pela ausência de boas técnicas dos atiradores, o que mesmo estando de fora, me faz pensar à partida na diferente estratégia (digo para não ser mauzinho porque o que me vem à cabeça é mesmo a ausência dela) em outros desportos de combate relativamente ao boxe francês e posicionamento no ringue.

Assim sendo o que se pôde observar foram golpes demolidores e praticamente isolados aos quais os atiradores se tentavam furtar, sendo que o Rui ganhou por pontos os seus três assaltos.

Triste foi ver a falta de capacidade para enfrentar a derrota, manifestada pelo adversário do Rui, já que não só continuava a lutar após o gongo ter tocado e, como se não bastasse, no fim do combate quando o árbitro cumprimentou os atletas, o dito puxa da mão e lança um gancho no árbitro que caiu de joelhos inclusivamente.

Cenas tristes como estas são lamentáveis e é caso para dizer que vida de árbitro de desportos de combate não é fácil...

Durante o evento o recinto estava preenchido e as emoções correram fortemente pois por diversas alturas durante os combates os espectadores aplaudiram de pé.

Aproveito para deixar os parabéns a ambos e esperar a rápida recuperação do Francisco.

(Aproveito para apresentar o poster do evento. Pedro da Glória)

2 comentários:

Marcelo Flores disse...

Obrigado pelo complemento Pedro. Realmente a imagem eu não tinha.

Unknown disse...

Obrigado amigos pelos desejos de melhoras:) O que aconteceu, foi a cana do nariz se partir a meio do 3 round com uma joelhada. Pelo que me contam, esta foi dada já depois do arbitro mandar parar (separar). Não posso confirmar pois como sabem, em cima do ring, a adrenalina é tanta que as coisas mais tarde não são muito claras. Posso vos dizer que é dificil trabalhar da forma como estou habituado (Savate), neste tipo de contexto. Muitas das coisas a que estamos habituados, não podemos utilizar e obviamente o trabalho de joelhos vai contra um trabalho que nos é habitual; as esquivas rodadas de cabeça mais baixa. Não aconselho que o tentem com alguém que tem o intuito de utilizar os joelhos de uma forma constante num combate:) Admito que é complicado mostrar técnica num contexto em que a força bruta está em 1 lugar e que o trabalho do adversário não coincide com o nosso. No entanto e obviamente não tendo gostado do que sucedeu, penso, que certas lições só se aprendem no ring. E para isso é preciso lá estar... e aprender:) Também acho, (sem entrar nas discuções sobre que estilo de combate é superior) que a forma como nos adaptamos a diferentes tipos de luta só é possivel trocando estas experiencias. E só assim, a forma como combatemos, mesmo em savate, mudará. Gostaria de acrescentar ao que o Marcelo escreveu, que realmente na parte que toca ao respeito, fair play e desportivismo, o Savate está bestantes pontos acima. Momentos como os do combate do Rui ou a desclassificação do meu adversário no fim do combate por não parar ao aviso do arbitro ou dar mais do que 1 joelhada consecutiva (regras de k1), são ex disso. Obrigado Marcelo e Pedro. Não se magoem, a não ser que queiram endireitar o nariz como eu:) Abraços