sexta-feira, 26 de setembro de 2008

CRÓNICA DE PARIS - pt. I

Este ano (2008) tive nova oportunidade de participar nos mundiais de Assalto - realizados bem no centro de Paris, não por Portugal, mas pelo Canadá, devido a questões de residência mas também por impossibilidade de conjugação de datas para estar presente para o (inexistente) campeonato técnico nacional.

Este campeonato pareceu-me manifestamente mais fraco em termos de organização e especulo também, mais fraco a nível de fundos que a organização disporia. Havia apenas dois hotéis para todas as delegações, sendo que metade delas ficariam no F1 e a outra metade no CISP. Por sorte consegui mudar-me do F1 para o CISP, o que trouxe três manifestas vantagens: consegui ficar com a minha irmã; estávamos apenas a 10 minutos a pé do recinto desportivo (enquanto que se tivesse ficado no outro estaria a 10 minutos mas de eléctrico) e ainda os quartos dispunham de casa de banho privativa, comodidade que não estava disponivel no F1... e vá lá, safámo-nos daquele autocarro grená que fazia as viagens entre os hotéis que se encontravam mais longe, o que aconteceu há dois anos.

As filas para as pesagens não andavam nem por nada na 6ª à noite. Bem, andaram para a selecção francesa (que novidade) e depois cristalizaram. O horário das mesmas deveria ter sido das 20h às 22h e eram 23h quando eu me despachei e ainda faltavam metade das pessoas.

Mesmo com tanto alardo no corrente ano para o anti-doping, ninguém nos perguntou nada quanto a isso e portanto, possivelmente, espera-se no futuro um controlo mais apertado das selecções. Só pode.

Os atestados médicos e os passaportes desportivos estavam em falta na esmagadora maioria dos atletas, problema que se solucionou com um "termo de responsabilidade", que consistia, de facto, em escrever o nome do atleta com letra legível e fazê-lo assinar à frente do nome. Claro que pelo menos aos atestados são obrigatórios, mas não fazia mal avisar as federações da obrigatoriedade destes dois documentos.

Existiram igualmente seis ringues. Porém, quando se iniciou a competição, só quatro ringues estavam montados. Os dois que se seguiram tinham algumas particularidades: um deles de ringue só tinha o nome, porque era no chão, tendo apenas o suporte metálico à volta, onde as cordas estavam presas - foi alcunhado como o ringue dos estrunfes; O outro parecia feito para o Portugal dos Pequenitos, porque não sendo no chão, tinha apenas alguns centímetros de altura ao solo. Falta de tempo para montar os ringues convenientemente? É possível. Recordo-me que em Villebon os ringues já estavam todos montados e eram todos uniformes (à excepção do piso de dois deles, que era plástico e não antiderrapante).

Também como falhas na organização notei que nas bandeiras penduradas, não constava a bandeira portuguesa, assim como não havia nenhuma indicação para balneários para o Canadá.

Este ano e por oposição há dois anos atrás, não houve nenhuma refeição quente, embora me parecesse que os tempos de espera para o almoço e jantar fossem mais reduzidos.

Por fim, não obstante ser no centro de Paris, notou-se este ano uma fraca assistência nas finais, se tivermos em conta os espectadores que se deslocaram aos arredores de Paris (Villebon), em 2006.

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