terça-feira, 27 de novembro de 2007

UM ANO E DOIS MESES

Afinal não é só em Portugal que os documentos demoram uma eternidade. Numa grande nação como a França e dentro de uma federação prestigiada como é a FIS, nunca esperei que uma coisa tão simples pudesse demorar tanto tempo. Passo a explicar: já lá vão uns bons 14 meses que eu e o António Timóteo fizemos em França uma formação para monitor internacional, que se passou mesmo antes do campeonato do mundo.

Logo no primeiro dia demos os nomes (e o dinheiro para o curso) e a senhora encarregue disso (Virginie Coenen) disse que os certificados depois seriam enviados por correio. Durante algum tempo não me preocupei com isso, mas à medida que os meses iam passando, a minha inquietação crescia e frequentemente perguntava por novidades acerca desta matéria ao Álvaro Terezo. Contudo, a resposta era sempre negativa.

Eu bem que achei muita fartura mas ainda tinha alguma esperança e deixei passar mais algum tempo. Vendo que não vinha nada nem qualquer satisfação, fui eu à caça delas. Começou o envio de emails. O mais difícil de arranjar, na verdade, foi o email certo desta Virginie, mas correcta ou incorrectamente, ela foi diversas vezes contactada assim como Gilles Le Duigou, sem nunca obter resposta de ambos. A partir daqui comecei a pensar em outras opções e além da FIS contactei a Federação Francesa mas sem sucesso também. O Álvaro Terezo tentou telefonicamente contactar a Federação Francesa também. Quando conseguiu resposta (não foi à primeira vez) eles sacudiram a água do capote e disseram que o estágio esteve a cargo da FIS.

Foi quando, por sorte, por intermédio de um email de massas enviado ou pelo Jérôme Huon ou pelo Yonnel Kurtz (já não me lembro quem), vi uma morada de email da Virginie diferente das que eu tinha tentado e assim, um ano depois e pedindo muitas desculpas, a dita senhora assegurou que ia mandar os certificados no espaço de uma semana, uma vez que eles só teriam de ser validados. Em outras palavras e cortando a palha, ia mandar fazer os certificados.

Não obstante toda esta saga, três meses passaram e não vieram nem os certificados nem notícias de França. Foi aí (ainda nem há uma semana) que mandei um mail educado mas com um tom ligeiramente diferente a dizer que a situação já estava a tornar-se incomportável e que nós precisávamos dos certificados. Afinal, eles estavam incluídos no preço do curso.

Eis que hoje ao ver o meu email, vejo uma mensagem da senhora a dizer que ia mandar os certificados hoje e pedia-me para a notificar quando tivessem chegado, incluindo uma cópia digitalizada dos mesmos documentos.

Desportista sofre.... com o desporto e com a burocracia.

3 comentários:

Pedro da Glória disse...

São situações estranhas e desagradáveis.
É uma má política para a divulgação internacional, na qual se tem tanto insistido.
Poderei, apesar de tudo, tentar justificar. Em teoria, o curso assim como qualquer estágio federal, competição ou graduação, deve ser averbado na caderneta desportiva do participante pelo responsável federal, o diploma sendo um complemento.
De qualquer forma 14 meses de espera é tempo a mais.

Marcelo Flores disse...

Pois é... depois de saber como se passam as coisas aqui no Canadá, até fiquei com a sensação se não seria o mesmo sistema. Ou seja, aqui a pessoa vai a uma conferência, simpósio, seja o que for e não há diploma de participação. Confia-se na palavra/honra das pessoas, sendo que quem mente é geralmente apanhado. Mas França ainda é europa e portanto ainda tem o mesmo sistema de certificados e mesmo que haja esses trâmites todos a resolver como me explicaste, realmente 14 meses é muito tempo.

Pedro da Glória disse...

Ainda mais estranho, é porque normalmente, se houver atribuição de diploma, é entregue logo depois do final do evento, sendo o diploma estandardizado, onde basta preencher o nome do participante, ser assinado pelo responsável, e pôr a designação do mesmo. É realmente uma coisa muito simples de fazer.